domingo, 12 de abril de 2009

PÁSCOA DE RESSURREIÇÃO

A cerimónia da Páscoa sempre me pareceu a mais autêntica e comunitária das propostas pela Igreja Católica. Em muitas ocasiões chegue até capelas de corpo pequenino e adro grande a celebrar a bênção do lume e da água, que sempre me pareceu uma viagem de volta aos dias ancestrais de comunidade. Na Quinta Angústia, em Compostela, naquela igrejinha que semelha pegada de aldeia na cidade, o festejo era especialmente partilhado com fogueira grande no átrio e reparto de rosca final. Esse misticismo errante perde-me e acha-me nestas comunhões .
Este ano a Páscoa abençoou a liberdade.
Foi em Boiro. No local social Aturuxo, aquela taberna com dons de tabernáculo, aquele local social com dom de convívio… Ali mesmo, com boas gentes de além e aquém Minho a partilhar música, poesia, pintura, fotografia, ensaio, perfomance, filosofia e sempre palavra. O lume da criatividade nos abençoou e a água da liberdade se estendeu. Sentia-se uma Páscoa profana a nascer de cada acto de livre compromisso e os sonhos a aboiar trás os direitos e os desejos manifestos.

Alberte Momam convidara… a Incomunidade organizou e o aturuxo foi jeito de festa ajeitado desde as palavras de Fromm, a tantas vozes.
Ressuscitaremos.

Sem comentários: