sábado, 4 de abril de 2009

A mina

A mina de Bonaval, estou certa, embora não o tenha comprovado, tem aquela forma curvilínea da interrogação. Por isso continua incógnita anos e anos após a primeira exploração, menina eu muito pequena, que apenas chegou à boca da água e deixou até hoje a levitar o abre-boca inconsciente do subconsciente com ponto de interrogação nas entranhas da cova da que mana água na horta velha dos monges.
Estas coisas acontecem: vontades que se colocam na vida e deixam a sensação de mocidade, de coisas por fazer, de momentos por viver, de aventuras por degustar, lugares por gozar, mais coisas, muito mais… E, a medida que cumprimos projectos tornamos mais cheio o saco das bagagens e menos rapaz o chapéu das fadas que nos revolta primaveras na fantasia do que será.

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